Os recentes aumentos nos preços de refeições fora de casa têm gerado grande preocupação no setor de bares, restaurantes e casas noturnas de São Paulo. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Procon-SP em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço médio do quilo em restaurantes self-service subiu 2,22% entre fevereiro e junho de 2024, passando de R$ 80,44 para R$ 82,22. Essa alta reflete uma tendência contínua de aumento, que tem pressionado tanto os consumidores quanto os empresários do setor.
Quando comparado com junho do ano passado, o aumento acumulado foi de 3,99%, mas o cenário é ainda mais desafiador ao se considerar o período desde 2020, quando a pesquisa começou. Nesse intervalo, o preço das refeições fora de casa aumentou impressionantes 43,5%, saindo de R$ 57,30 para os atuais R$ 82,22 por quilo.
O Procon-SP também ressalta que, de 2020 até junho de 2024, a variação nos preços superou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registrou um aumento de 31,03%. Isso significa que os aumentos nos preços das refeições têm sido mais intensos do que a inflação média enfrentada pelos consumidores, tornando a alimentação fora de casa cada vez mais onerosa.
Outro ponto de destaque na pesquisa é o aumento do preço médio do prato feito (PF), que subiu 12,31% de fevereiro a junho deste ano, saltando de R$ 27,33 para R$ 30,70. Esse aumento é o dobro da variação acumulada do INPC no mesmo período, que foi de 6%, colocando ainda mais pressão sobre os consumidores e operadores do setor.
Além das refeições, outros itens tradicionais consumidos em bares e restaurantes, como o cafezinho e as bebidas alcoólicas, também apresentaram aumentos significativos. Segundo uma análise da Associação Nacional de Restaurantes (ANR) em parceria com a consultoria Future Tank, o café após as refeições subiu 2,22% em junho, enquanto as bebidas alcoólicas tiveram um aumento de 1,98%. Esses itens foram responsáveis por uma parte considerável do aumento da inflação no setor de alimentação fora do lar, que registrou um acréscimo de 0,37% no período.
Os aumentos nos preços representam um desafio contínuo para os bares, restaurantes e casas noturnas. Além de impactar o poder de compra dos clientes, a inflação pressiona as margens de lucro dos estabelecimentos, que precisam lidar com custos operacionais crescentes sem repassar integralmente essas altas aos consumidores.
A Apressa – Associação de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas de São Paulo – entende as dificuldades enfrentadas pelos seus associados e reitera a importância de estratégias de gestão eficientes e inovadoras para contornar esse cenário. Diante desse cenário econômico, a Apressa reforça seu compromisso em ser uma voz ativa na defesa dos interesses do setor de bares e restaurantes de São Paulo. A associação continuará a monitorar os desdobramentos da inflação e a buscar soluções que permitam aos seus associados enfrentarem esses desafios de forma sustentável e eficiente.