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sábado, agosto 2, 2025
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Cade proíbe Ambev e Heineken de fecharem contratos de exclusividade com bares até fim da Copa

Decisão do Cade foi tomada por relator de ação movida pela cervejaria holandesa, que pede fim dos acordos no mercado cervejeiro no Brasil

A decisão foi tomada em um processo movido pela Heineken no Cade (Jonne Roriz/Bloomberg via/Getty Images)

O conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Gustavo Augusto Freitas de Lima decidiu nesta quinta-feira conceder medida preventiva que proíbe a cervejaria Ambev de assinar contratos de exclusividade com bares e restaurantes em mercados de 17 grandes cidades brasileiras até a Copa do Mundo.

A decisão foi tomada em um processo movido pela Heineken no Cade em que a cervejaria pede o fim dos contratos de exclusividade. A medida preventiva dada por Freitas de Lima atinge também a Heineken, que não poderá firmar contratos de exclusividade com bares e restaurantes nos mercados em que a empresa tiver mais de 20% de participação de mercado.

Hoje, a participação da cervejaria holandesa no mercado nacional está na casa dos 25%, ante aproximadamente 60% da Ambev e 15% do Grupo Petrópolis.

Freitas de Lima é o conselheiro-relator do processo no Cade e contrariou uma decisão anterior da Superintendência-Geral do Cade que havia negado o pedido de medida preventiva formulado pela Heineken.

Agora, o conselheiro determinou que, até o final da Copa do Mundo do Catar, programado para 18 de dezembro, a Ambev “não assine novos contratos de exclusividade, admitida a renovação e a substituição de PDVs (pontos de venda)”. No documento, Freitas de Lima diz que a Copa é “período no qual o consumo de cerveja tende a se ampliar e que o acesso aos bares e restaurantes se mostra ainda mais estratégico”.

Se descumprir a medida, a empresa será multada em R$ 1 milhão por estabelecimento excedente e também terá decretada “imediata suspensão de todos os programas de exclusividade, em âmbito nacional, pelo período de cinco anos”. Os acordos de exclusividade verbais também estão vedados.

A Ambev analisa recorrer da decisão, que tem caráter provisório. O próximo passo é que o caso seja analisado pelo plenário do Cade, formado por sete conselheiros.

“Recebemos com total surpresa a decisão monocrática divulgada hoje, especialmente depois da Superintendência-Geral do CADE ter concluído que não havia qualquer evidência para impor medida preventiva. Tomaremos as medidas cabíveis. Na Ambev respeitamos a legislação brasileira com seriedade”, disse a Ambev em nota.

“O limite (…) será calculado com base nas vendas da representada (Ambev) na base territorial, não no total de vendas de todas as concorrentes. Assim, são 20% de PDVs (pontos de venda) com exclusividade, considerando o total de PDVs para os quais a representada vende cerveja; são 20% de volume de venda, considerando o volume de venda de cerveja vendido pela representada para os PDVs com exclusividade”, diz a decisão.

O conselheiro do Cade afirma que “conceder uma liminar, e fixar um limite de segurança, tem (…) um duplo papel: evita exageros e abusos; enquanto permite que os contratos de exclusividade que sejam benéficos possam ser firmados com razoável segurança jurídica”.

São contados como pontos de venda bares, restaurantes e casas noturnas que tenham adquirido, no trimestre, um volume médio mensal de cerveja superior a 300 garrafas ou latas de cerveja por mês.

A decisão dá as cervejarias 30 dias para apresentar a listagem de todos os pontos de venda com os quais têm contrato de exclusividade.

Ao GLOBO, a vice-presidente jurídica da Heineken, Sirley Lima, afirma que a medida será benéfica ao mercado, mesmo incluindo a cervejaria holandesa na limitação. Heineken e Petrópolis também têm contratos de exclusividade com bares e restaurantes.

— Nosso pedido inicial sempre foi para que os contratos de exclusividade acabassem. Do jeito que a decisão veio, ela está muito completa e vamos estudar. Não tomamos decisão de fazer qualquer recurso dessa decisão — diz ela.

Fonte: Exame

Eleições 2022: a Lei Seca é aplicada no dia de votação?

Decisão pela proibição de consumo e venda de bebidas alcoólicas cabe aos estados

Lei Seca no dia da votação depende dos estados

Os brasileiros vão às urnas no dia 2 de outubro para votar nos seus candidatos aos cargos de deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente da República. E uma das dúvidas dos eleitores diz respeito ao consumo e venda de bebidas alcoólicas no dia da votação. 

Apesar de estabelecer algumas medidas em relação ao que os votantes podem fazer e levar para as urnas , o TSE (tribunal Superior Eleitoral) não aplica uma resolução específica acerca da Lei Seca

Cabe, portanto, ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de cada estado, junto à Secretaria de Segurança pública local, o estabelecimento de regras que proíbam, ou não, que o eleitorado consuma ou venda bebidas alcoólicas. 

Estados que anunciaram a proibição

Três  estados anunciaram, até o momento, que aplicarão a Lei Seca no dia das Eleições: Amazonas, Mato Grosso do Sul e Roraima. No Amazonas, a venda e consumo está proibida das 0h às 18h do dia 2 de outubro, mesmo horário para o dia 30 do mesmo mês, data de um possível segundo turno.

A legislação prevê que quem descumprir a medida estará enquadrado no “crime de desobediência” previsto no artigo 347 do Código Eleitoral Brasileiro. 

Já em MS, a Lei Seca valerá das para o período entre 3h e 16h no dia do primeiro turno, e para o dia 30 de outubro (2º turno), se houver. Quem descumprir a regra poderá pegar pena de três meses a um ano de detenção, além do pagamento de multa.

“Alerte-se a população que se apresentar publicamente em estado de embriaguez constitui contravenção penal (art. 62 da Lei das Contravenções Penais) e que promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais constitui crime (art. 296 do Código Eleitoral)”, informa o TRE-MS.

Em Roraima a proibição será aplicada entre as 23h do dia 1 de outubro, até às 19h do dia 2 de outubro. As polícias Civil e Militar, Guarda Municipal e o Tribunal Regional Eleitoral realizarão a fiscalização da Lei Seca no estado.

Nos três estados está vedado o consumo em bares, restaurantes e supermercados, incluindo locais abertos ao público.

São Paulo e Rio de Janeiro

O estado de São Paulo , maior colégio eleitoral do país, não proíbe a venda e consumo de bebidas alcoólicas no dia das eleições desde o pleito eleitoral realizado em 2006. Até o momento, o TRE-SP não informou sobre a implantação da Lei Seca. 

Outro estado que não aplica a Lei Seca nas eleições há muito tempo e que também não deve publicar uma portaria a respeito neste ano é o Rio de Janeiro . A última vez que os cariocas foram proibidos de consumir e comercializar bebidas alcoólicas no dia da votação foi em 1996.

Fonte: IG

Sete em cada dez bares e restaurantes têm dificuldade em contratar funcionários

Falta de candidatos qualificados ou interessados nas vagas é o principal desafio

Após as restrições impostas pela pandemia de covid-19, bares e restaurantes seguem em recuperação, mas 72% encontram algum tipo de dificuldade na contratação de funcionários. Entre os principais desafios, 73% revelaram que há falta de candidatos qualificados, 44% notaram a falta de candidatos interessados por tais vagas, 34% dos candidatos escolhidos acabam não aceitando devido ao horário de trabalho oferecido e 26% não aceitam por conta do salário oferecido.

Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), em parceria com a consultoria Galunion, especializada no mercado de foodservice, e com o Instituto Foodservice Brasil (IFB). Foram ouvidos executivos de 817 empresas de todo o País, que representam cerca de 14 mil estabelecimentos.

Segundo a pesquisa, 43% dos negócios continuam com um quadro de funcionários igual antes da pandemia, enquanto 37% estão com um quadro inferior e 20% com mais funcionários em relação ao pré-pandemia. Entre os 37% que estão com menos funcionários, os principais motivos citados foram: necessidade de ajuste por conta de vendas menores (38%), revisão geral das atividades e da escala de pessoal (33%) e uso de tecnologia no momento do pedido do consumidor (12%).

“As soluções tecnológicas em bares e restaurantes vem crescendo a cada ano, principalmente em marcas que investem constantemente em inovação para melhorar a operação, o atendimento ao consumidor, a entrega do produto ou refeição e a experiência em toda a jornada de compra”, afirma a CEO da Galunion, Simone Galante.

Simone destaca ainda que os estabelecimentos pretendem continuar investindo em aplicativos, ferramentas, softwares, hardwares e sistemas nos próximos dois anos. Entre os mais citados estão soluções para o relacionamento com o cliente (67%), gestão do negócio no ponto de venda (61%) e otimização de compras e abastecimento (58%).

Delivery continua em alta

O delivery continua se destacando entre os consumidores que possuem uma rotina híbrida no ambiente profissional. Das empresas que participaram do levantamento, 89% atuam neste canal e 47% revelaram que a modalidade é lucrativa. Outros 24% disseram que talvez seja lucrativo, 18% afirmaram que não dá lucro e nem prejuízo, 6% enxergam como talvez não lucrativo e apenas 5% acham que é certamente não lucrativo.

Uma das tendências que alavancou os pedidos via delivery foi o surgimento de marcas virtuais, que não contam com um ponto físico para efetuarem as vendas. Esse modelo de negócio deve continuar crescendo, já que 27% pretendem desenvolver mais marcas 100% virtuais, 38% já possuem uma ou mais marcas neste formato e 39% não têm marca 100% virtual, mas pretendem ter.

“Dos impactos que ficarão pós pandemia, a comunicação com o cliente via mídias sociais e aplicativos é fundamental e não pode ser impessoal, a grande inovação é a personalização, não importa se você não está cara a cara com o cliente, as relações humanas permanecem. Além disso, a adoção de tecnologias para a melhoria dos processos de vendas, tempo de atendimento e eficiência devem permanecer, mas sempre com foco no cliente”, afirma Paulo Camargo, presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB).

Atrair o consumidor

Para analisar melhor o comportamento do consumidor, a pesquisa quis saber se o cliente voltou a frequentar estabelecimentos e consumir no mesmo nível que antes da pandemia: 51% afirmaram que sim enquanto 49% que não.

Entre as principais ações para mudar esse cenário estão lançar produtos com novos sabores e texturas, com 57% das intenções; focar em promoções, ofertas do dia e ações de valor, com 52%; lançar produtos sazonais, frescos ou artesanais, representando 27%; e lançar produtos gostosos e indulgentes, para 26%.

Um dos entraves para grande parte dos estabelecimentos que atuam no setor de alimentação é a alta da inflação. “O fato é que nosso setor ainda sofre as consequências da pandemia, com praticamente metade das empresas ainda endividadas, o que certamente afeta o crescimento. Também tem sido muito difícil planejar em cenário de alta generalizada dos preços, que impacta diretamente nossos custos, de aluguéis a produtos”, afirma Fernando Blower, diretor executivo da ANR.

Fonte: Mercado Consumo

Bares e restaurantes querem horário de verão, mas governo descarta

Ministério afirma não haver tempo hábil para retomar medida neste ano.

Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou um decreto para extinguir o horário de verão e acabou com o adiantamento de uma hora no relógio. Com as  eleições se aproximando, o tema voltou a ser debatido, mas uma possível retomada do regime de horários foi rechaçada pelo governo , apesar do pedido de empresários.

Procurada pelo iG, a Associação Nacional dos Restaurantes (ANS), que reúne empresas como o Burger King, McDonald’s e Outback diz que mantém a posição adotada desde 2020 pedindo a volta do horário de verão. 

O fim da medida era uma das promessas de campanha de Bolsonaro no pleito de 2018. Procurados pela reportagem, os outros candidatos ao Planalto não expuseram propostas para o tema.

No fim de 2021, Bolsonaro afirmou que poderia, caso fosse a vontade da maioria, retomar com o adiantamento dos relógios.

Após pandemia, pubs do Reino Unido agora sofrem com alta nos preços de energia

Primeiro, foi a pandemia do novo coronavírus que forçou os bares a fechar as portas e contar com o apoio do governo para sobreviver ao colapso dos negócios. Agora, os icônicos bares do Reino Unido dizem que estão lutando contra uma ameaça ainda maior: o aumento dos preços da energia.

Executivos-chefes das seis principais empresas de bares e cervejarias estão alertando que os aumentos de custos pode forçar o fechamento de muitos bares e cervejarias artesanais, levando a uma onda de perdas de empregos enquanto o país se prepara para uma recessão

Os executivos-chefes das seis principais empresas de bares e cervejarias estão alertando que o aumento das contas de eletricidade, aquecimento e outros suprimentos essenciais pode forçar o fechamento de muitos bares e cervejarias artesanais, levando a uma onda de perdas de empregos enquanto o país se prepara para uma recessão.

“Em todos os nossos negócios, estamos testemunhando aumentos de preços que estão causando danos irreversíveis”, escreveram eles em uma carta ao governo do Reino Unido pedindo ajuda imediata.

“As caminhadas agora podem ser superiores a 300% nas contas de energia pré-pandemia, com o aumento médio atual de cerca de 150% no setor de cervejas e pubs, colocando empregos e negócios em risco”.

Nick Mackenzie, chefe da rede de pubs Greene King, disse que um local com o qual trabalha relatou que os custos de energia aumentaram 33.000 libras (US$ 38.744) por ano. “Enquanto o governo introduziu medidas para ajudar as famílias a lidar com esse aumento nos preços, as empresas estão tendo que enfrentar isso sozinhas, e só vai piorar no outono”, disse Mackenzie.

Alguns pubs estavam recebendo aumentos de mais de 400% no preço dos contratos de fornecimento de gás de um ano, enquanto outros achavam impossível garantir contratos, disse Kevin Georgel, CEO da Cervejaria St Austell. “O custo da energia ameaça causar o fracasso de negócios em massa e a perda de milhares de pubs em todo o país”, acrescentou.

Fonte: CNN