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sábado, julho 26, 2025
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Confiança empresarial recua, mas bares e restaurantes seguem com desempenho positivo no primeiro semestre

Apesar da leve retração na confiança empresarial registrada em junho, bares e restaurantes mantêm um desempenho estável e com sinais de recuperação no acumulado do primeiro semestre de 2025. Segundo o Índice de Confiança Empresarial (ICE), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), houve recuo de 1,7 ponto em relação ao mês anterior, fechando o período em 92,5 pontos. O setor de serviços, que inclui a alimentação fora do lar, também apresentou uma leve queda: 1,2 ponto, alcançando 90,7.

O ICE é um indicador que mede a percepção de empresários sobre o momento atual dos seus negócios e suas expectativas para os próximos meses. Após cinco meses de relativa estabilidade, o movimento de junho indica uma postura mais cautelosa, impulsionada por fatores macroeconômicos.

Entre eles, destaca-se a taxa Selic, que atingiu 15% ao ano — o maior patamar desde 2006. O cenário de juros elevados impacta diretamente os pequenos negócios, ao encarecer o crédito e reduzir a margem de manobra para investimentos. Ainda assim, bares e restaurantes vêm demonstrando resiliência, especialmente em São Paulo, onde a atividade segue aquecida e com geração de empregos.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo IBGE, o segmento de alimentação fora do lar registrou a criação de 17 mil postos de trabalho formais e informais nos últimos 12 meses. O dado reforça o dinamismo do setor e sua capacidade de se adaptar mesmo diante de instabilidades econômicas.

Outro indicador que aponta para uma melhora gradual é a situação financeira dos estabelecimentos. Em janeiro, cerca de 25% das empresas do setor operavam no vermelho. Já em maio, o percentual caiu para 19%, mostrando avanços em termos de gestão e controle de despesas.

Apesar da queda no índice de confiança, a perspectiva para o segundo semestre é otimista. A chegada do período de férias escolares, as comemorações do Dia dos Pais e o início do verão tradicionalmente impulsionam o consumo em bares e restaurantes, elevando o fluxo de clientes e contribuindo para o fortalecimento das receitas.

O setor de alimentação fora do lar, que é historicamente sensível às oscilações econômicas, tem demonstrado fôlego ao se reinventar e buscar alternativas para manter a competitividade. Em São Paulo, o ritmo de abertura de novos estabelecimentos continua consistente, evidenciando a confiança dos empreendedores na retomada da economia no médio prazo.

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