A presença de animais de estimação em bares e restaurantes da capital paulista tem se tornado cada vez mais comum. O modelo pet friendly, que permite a permanência de pets nos estabelecimentos, vem ganhando força e se consolidando como uma estratégia eficaz para atrair um público mais amplo e diversificado.
Em um cenário em que o Brasil já soma mais de 149 milhões de animais domésticos, segundo dados do Instituto Pet Brasil, o setor de alimentação fora do lar passou a enxergar os pets não apenas como acompanhantes dos clientes, mas como parte essencial da experiência de consumo.
Na cidade de São Paulo, já é possível encontrar bares e restaurantes que oferecem bebedouros, espaços adaptados e até cardápios especiais voltados para os animais. A proposta vai além da recepção cordial aos bichos: trata-se de adaptar a infraestrutura e estabelecer regras claras que garantam conforto, segurança e higiene para todos os frequentadores.
O Bar do Quintal, em Pinheiros, é um exemplo de local que aderiu ao modelo pet friendly e colhe bons resultados. Com ambiente descontraído, área ao ar livre e receptividade aos animais de estimação, o bar se tornou ponto de encontro para tutores que não abrem mão da companhia dos pets. A estrutura é pensada para acomodar com tranquilidade todos os frequentadores, oferecendo comodidade tanto para os clientes quanto para os animais.
Na capital, outros estabelecimentos seguem a mesma linha. Alguns já oferecem até kits de boas-vindas para os pets, com ração, brinquedos e tapetes higiênicos. Além disso, muitos desses espaços reforçam a importância do respeito às normas: uso de coleira, limite de circulação e responsabilidade do tutor são exigências comuns para manter a convivência harmoniosa.
A adesão ao modelo exige investimento, mas também representa uma oportunidade real de diferenciação. Em um mercado competitivo como o da cidade de São Paulo, onde a oferta gastronômica é vasta, oferecer um ambiente preparado para receber pets pode ser o fator decisivo para a escolha do consumidor.
Além disso, o setor enxerga nesse movimento uma forma de alinhar-se a novos hábitos de consumo. Cada vez mais, os animais são considerados membros da família, e os clientes buscam espaços onde possam estar com eles — inclusive em momentos de lazer, como uma refeição ou happy hour.
Com um mercado pet que movimentou mais de R$ 60 bilhões em 2022, a tendência é que a presença dos animais continue crescendo nos ambientes comerciais. Para bares e restaurantes, estar preparado para esse público não é mais apenas um diferencial — é uma resposta direta às transformações no comportamento do consumidor.